CORPO, MARCA E AUTORIA: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS SOBRE A AUTOMUTILAÇÃO E A TATUAGEM

Resumo

Observa-se na atualidade, aumento nos relatos de práticas autolesivas realizadas por jovens, sendo outro fenômeno presente o surgimento de diversos estúdios de tatuagem e novas técnicas de marcação corporal. O corpo se apresenta como possibilidade de marca, registro, autoria. Tendo o corpo como possibilidade de inscrição, pretende-se neste trabalho entrelaçar estes dois tipos de escarificação: automutilação e a tatuagem, relacionando-as à leitura do masoquismo e das teorias das pulsões desenvolvidas por Sigmund Freud, ao mesmo tempo promover a escuta dos recortes e das marcas contemporâneas no corpo. Através de pesquisa bibliográfica com ênfase na psicanálise, serão analisados relatos de automutilação e tatuagem que constam em grupos específicos nas mídias sociais, levantando os significados subjetivos emitidos pelos sujeitos a fim de entender de que forma encontram caminhos para dor e para o prazer no corpo.